Tomoromu, a árvore do mundo

Na primeira página de Tomoromu, a árvore do mundo, lê-se que é “o tempo que pinta o mundo”. Ato contínuo, viajamos para outro livro, o “Cão e o Curumim”, lá onde Cristino Wapichana já usava a luz e o tempo para nos falar de outras infâncias, aquelas regidas pelo sol, pela lua, vento e chuva. Em Tomoromu, esse mesmo tempo, “senhor do dia e da noite”, vira a paleta com que Wapichana pinta os contos de criação ouvidos e contados desde “quando o céu morava perto, e todos falavam a mesma língua”.

Sua escrita nos conecta com esse outro tempo, com todas as outras coisas, céu, rio e mar, árvores, bichos e gentes, regidas pelo senhor do tempo. É com muito gosto que também parabenizamos Mauricio Negro pelas belíssimas ilustrações.   

Tomoromu, a árvore do mundo

de Cristino Wapichana, ilustrações de Maurício Negro

SM, 2021

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